A pirataria é, e, sempre foi, o melhor meio de divulgação da musica.
Nunca campanha de publicidade nenhuma obteve o êxito na promoção do produto, como a pirataria. Sem custos.
Um dos problemas escondidos com o rabo de fora e que ninguem sequer acusa a sua existência, preferindo demonizar os downloads ilegais, é precisamente consequência do modelo de negócio que foi adoptado pela industria.
A mal...ta que realmente se interessa por musica, uma minoria, usa a pirataria para fazer triagem, acabando eventualmente por comprar os originais, nem que seja anos mais tarde. Mas este universo de malta, nunca foi significativo nas vendas. Nem agora, nem nunca. O que sustinha "la vida loca" da industria musical era o mainstream. Aí é que estavam os numeros. E não na(s) franja(s).
Ora, o mainstream é constituido pela "outra malta". Aqueles que se estão perfeitamente a cagar para a musica e para a arte em geral. Querem apenas um ruído de fundo para a sua vida e, umas merdas brilhantes e coloridas, bastam para que se sintam felizes. No fundo do buraco da sua alma, se alguma. Esta malta, é a malta que, se puder ter sem pagar, melhor. Não passam cavaco á obra artistica. Um mp3 em bitrate ranhoso no telemovel é mais que suficiente. De borla então...!
A industria da musica cometeu hara-kiri quando meteu os ovos todos só num cesto: o mainstream.
Agora com as margens de lucro apertadinhas e vendas quase residuais, para os prazeres elaborados e a tal "vida loca", fica a faltar um bocadinho assim. Isso fá-los manipularem a opinião publica de modo a que não se note muito a sua propria incompetência e gula.
Viram-se, se calhar tarde demais, para a tal franja que sempre desprezaram. Mas que é fiel á arte e, pasme-se, compram discos. O renascimento do mercado de vinil (novo) testemunha isso. Jazz, Blues, Metal e até musica Clássica, passaram a ter edição, reedição, reeedição, como se se tratasse de Pop hit singles. O ultimo de Overkill entrou para o Top 40!! Com pouco mais de 8000 discos vendidos!! Para o Top 40, carago!! Editam-se bandas hoje que, há uma década atrás, seria impensável conseguirem chamar a atenção de uma editora sequer. Desespero, vale tudo.
O que não consigo entender é o silêncio ensurdecedor dos musicos, dos artistas, quando o estado se prepara para ir ao bolso dos seus clientes roubar os cêntimos que restavam para pagar o bilhete para o concerto, para o ultimo CD da banda, para a t-shirt, para... E tudo isto, em nome do musico, do artista.
Estão a extorquir dos vossos clientes, em vosso nome. E calam-se? Entregam as luvas e dizem que desistem porque estão desanimados com o panorama nacional? Então e nós? Os clientes pagadores? Não era suposto serem vocês a nossa voz de protesto contra o estado das coisas e as coisas do estado? Nós é que temos direito á desilusão. Até isso nos subtraem? Pelos vistos não venço, nem pelo voto, nem pelo aplauso.
Nunca campanha de publicidade nenhuma obteve o êxito na promoção do produto, como a pirataria. Sem custos.
Um dos problemas escondidos com o rabo de fora e que ninguem sequer acusa a sua existência, preferindo demonizar os downloads ilegais, é precisamente consequência do modelo de negócio que foi adoptado pela industria.
A mal...ta que realmente se interessa por musica, uma minoria, usa a pirataria para fazer triagem, acabando eventualmente por comprar os originais, nem que seja anos mais tarde. Mas este universo de malta, nunca foi significativo nas vendas. Nem agora, nem nunca. O que sustinha "la vida loca" da industria musical era o mainstream. Aí é que estavam os numeros. E não na(s) franja(s).
Ora, o mainstream é constituido pela "outra malta". Aqueles que se estão perfeitamente a cagar para a musica e para a arte em geral. Querem apenas um ruído de fundo para a sua vida e, umas merdas brilhantes e coloridas, bastam para que se sintam felizes. No fundo do buraco da sua alma, se alguma. Esta malta, é a malta que, se puder ter sem pagar, melhor. Não passam cavaco á obra artistica. Um mp3 em bitrate ranhoso no telemovel é mais que suficiente. De borla então...!
A industria da musica cometeu hara-kiri quando meteu os ovos todos só num cesto: o mainstream.
Agora com as margens de lucro apertadinhas e vendas quase residuais, para os prazeres elaborados e a tal "vida loca", fica a faltar um bocadinho assim. Isso fá-los manipularem a opinião publica de modo a que não se note muito a sua propria incompetência e gula.
Viram-se, se calhar tarde demais, para a tal franja que sempre desprezaram. Mas que é fiel á arte e, pasme-se, compram discos. O renascimento do mercado de vinil (novo) testemunha isso. Jazz, Blues, Metal e até musica Clássica, passaram a ter edição, reedição, reeedição, como se se tratasse de Pop hit singles. O ultimo de Overkill entrou para o Top 40!! Com pouco mais de 8000 discos vendidos!! Para o Top 40, carago!! Editam-se bandas hoje que, há uma década atrás, seria impensável conseguirem chamar a atenção de uma editora sequer. Desespero, vale tudo.
O que não consigo entender é o silêncio ensurdecedor dos musicos, dos artistas, quando o estado se prepara para ir ao bolso dos seus clientes roubar os cêntimos que restavam para pagar o bilhete para o concerto, para o ultimo CD da banda, para a t-shirt, para... E tudo isto, em nome do musico, do artista.
Estão a extorquir dos vossos clientes, em vosso nome. E calam-se? Entregam as luvas e dizem que desistem porque estão desanimados com o panorama nacional? Então e nós? Os clientes pagadores? Não era suposto serem vocês a nossa voz de protesto contra o estado das coisas e as coisas do estado? Nós é que temos direito á desilusão. Até isso nos subtraem? Pelos vistos não venço, nem pelo voto, nem pelo aplauso.
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