Parafusos, porcas, tampas de frascos e garrafas... Tudo o que tenha rosca, aperta para a direita, desaperta para a esquerda.
Por motivos que me escapam, os puxadores das portas fogem a esta regra. São completamente aleatórios.
Nesta civilização plenamente normalizada, pode-se dizer que, os puxadores das portas, são altamente rebeldes.
Os puxadores das portas não obedecem á norma. Fazem como muito bem entendem. Ora para um lado, ora para o outro. Até no mesmo edificio, no mesmo piso, no mesmo apartamento, os puxadores das portas não exibem coerência.
E nós, criadores e utilizadores dos puxadores das portas, aceitamos isto complacentemente.
Quando confrontados com a diferença, adaptamo-nos, atingindo o objectivo. Conseguimos abrir a porta. Mesmo quando a lógica, na qual fomos amestrados de raíz, é totalmente invertida.
Pode eventualmente passar-nos pela cabeça, um dia, pôr aquilo "como deve de ser". Ou dar uma palavrinha ao fulano da manutenção... Mas é um pensamento fugaz. Quem é que alguma vez se deu ao trabalho de intervir ou reclamar acerca do sentido de rotação de um puxador de uma porta?
Aceitamos a diferença. Aprendemos a lidar com ela. Adaptamo-nos. E a vida segue o seu curso.
As lições que os puxadores das portas nos dão...
14/07/2011
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Mas é chato... porque uma pessoa faz pressão e depois é que se lembra: "aaaah,esta é ao contrário. Tou-me sempre a esquecer, foda-se". E vai-se a ver já se perderem segundos precisos e energia a tentar girar aquilo.
ResponderEliminarE cansa o pulso.